Bora falar sobre priorização?
Sempre tive uma abordagem multidisciplinar no meu trabalho e, agora na área de Treinamento e Desenvolvimento (T&D), enxergo meus projetos como “Produtos Educacionais”. Esse olhar me permite estruturar melhor as entregas e tomar decisões mais estratégicas. Foi essa perspectiva que me levou a aprofundar meus conhecimentos sobre gestão de produtos e concluir o curso de formação em Product Manager pela Udemy.
Um dos aprendizados mais úteis que tive foi sobre técnicas de priorização. Product Managers (PMs) lidam o tempo todo com backlogs cheios de demandas e precisam decidir o que vem primeiro.
No meu dia a dia em T&D, isso rola o tempo todo: qual produto educacional lançar primeiro? Qual tema priorizar? Quais melhorias implementar? No meu backlog de ajustes para o Programa de Onboarding, por exemplo, estou sempre revisando feedbacks, mudanças da empresa e necessidades da galera.
Neste artigo, vou compartilhar três técnicas de priorização que aprendi no curso e como aplicá-las no contexto de T&D!
Neste post…
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Por que priorizar importa (muito!)
Se você já sentiu que tem mil coisas para fazer e não sabe por onde começar, bem-vindo ao clube! Muitas vezes, há diversas demandas concorrentes, e sem um método estruturado, as decisões podem ser baseadas em percepções subjetivas ou em quem pede com mais urgência.
Sem priorização, acabamos gastando tempo em iniciativas de baixo impacto, enquanto o que realmente faria diferença fica para depois. E, no nosso universo de T&D, isso pode significar treinamentos que não resolvem problemas reais ou melhorias que nunca saem do papel.
Agora que já convencemos nosso eu interior de que priorizar é essencial, bora para as técnicas!
Técnicas de Priorização
Existem várias técnicas de priorização, mas nem todas funcionam para qualquer cenário. Algumas são mais colaborativas, outras mais baseadas em números. Algumas funcionam bem para definir um roadmap anual, enquanto outras são mais úteis para escolher qual tarefa resolver primeiro.
Aqui estão três técnicas que podem te ajudar a decidir com mais clareza o que merece sua atenção agora:
- MoSCoW
- Quando aplicar? Quando há muitas demandas e você precisa classificar o que é essencial e o que pode esperar.
- Como aplicar? Liste todas as demandas e categorize-as em quatro grupos:
- Must do (Tem que fazer): Itens críticos, sem os quais o projeto fracassa.
- Should do (Deve fazer): Importantes, mas podem esperar um pouco.
- Could do (Seria legal fazer): Melhorias opcionais, que não impactam diretamente o resultado final.
- Won’t do (Não vai rolar, pelo menos agora): Itens que não fazem sentido neste momento.
- Prós: Simples, rápido e colaborativo.
- Contras: Pode gerar discussões subjetivas e falta de consenso sobre o que realmente entra em cada categoria.
- Matriz RICE
- Quando aplicar? Quando precisa priorizar demandas de forma objetiva, reduzindo a influência de opiniões pessoais.
- Como aplicar? Avalie cada item com base em quatro critérios:
- Reach (Alcance): Quantas pessoas serão impactadas?
- Impact (Impacto): Qual a relevância dessa entrega?
- Confidence (Confiança): O quanto temos certeza dessas estimativas?
- Effort (Esforço): Quanto trabalho será necessário?
- Depois, calcule: (Alcance x Impacto x Confiança) ÷ Esforço para obter uma pontuação final.
- Prós: Por ser um método objetivo e baseado em dados, dá um peso mais racional às decisões.
- Contras: Requer tempo para coletar dados e definir os critérios corretamente.
- Three Buckets
- Quando aplicar? Quando precisa equilibrar impacto nos resultados, demandas do público e inovação.
- Como aplicar? Classifique suas iniciativas em três grupos:
- Metric Movers (Movem métricas): Itens que impactam diretamente os KPIs do negócio.
- Customer Requests (Pedidos dos clientes): Demandas vindas do público-alvo.
- Delight (Encantamento): Melhorias que deixam o produto mais atrativo, mas não são essenciais.
- Prós: Ajuda a balancear diferentes tipos de prioridades, equilibrando impacto, necessidades e inovação.
- Contras: Pode ser difícil definir o que entra em cada categoria sem critérios claros para não sobrecarregar um único bucket (“balde” em tradução do inglês).
Como aplicar a priorização no dia a dia de T&D?
Algumas situações comuns onde essas técnicas são bem-vindas:
- Definir quais treinamentos lançar primeiro.
- Priorizar temas para programas de desenvolvimento de liderança.
- Escolher quais melhorias fazer em um produto educacional existente.
- Balancear demandas urgentes com projetos estratégicos de longo prazo.
1. MoSCoW em T&D
📌 Cenário: Você precisa definir quais treinamentos lançar no próximo trimestre, mas há mais demandas do que tempo disponível para executar tudo.
🔹 Como aplicar: Liste todos os treinamentos planejados e categorize-os em:
- Must do (Tem que fazer) → Treinamentos obrigatórios, como onboarding de novos funcionários.
- Should do (Deve fazer) → Programas importantes, mas que podem esperar um pouco, como um workshop de soft skills.
- Could do (Seria legal fazer) → Cursos adicionais que agregam valor, como uma palestra externa sobre tendências de mercado.
- Won’t do (Não vai rolar agora) → Algo que ficou para um momento futuro, como um programa de liderança que ainda precisa de mais estrutura.
2. Matriz RICE em T&D
📌 Cenário: Você tem uma lista de melhorias para fazer em um programa de onboarding, mas precisa priorizar quais ajustes terão maior impacto.
🔹 Como aplicar: Para cada item do backlog de melhorias, atribua uma nota de 1 a 10 nos critérios:
- Reach (Alcance): Quantas pessoas serão impactadas? (ex: mudança no conteúdo principal do onboarding afeta todos os novos funcionários, nota alta).
- Impact (Impacto): Quanto essa melhoria melhora a experiência do treinamento? (ex: adicionar um case prático pode aumentar o engajamento, nota alta).
- Confidence (Confiança): O quanto temos certeza de que essa mudança será positiva? (ex: uma melhoria baseada em feedback recorrente tem confiança alta).
- Effort (Esforço): Qual o nível de trabalho necessário para implementar essa melhoria? (ex: reformular vídeos pode exigir muito tempo, nota baixa).
3. Three Buckets em T&D
📌 Cenário: Seu time quer melhorar um programa de desenvolvimento de liderança, mas há muitas sugestões e ideias.
🔹 Como aplicar: Agrupe as iniciativas dentro de três categorias:
- Metric Movers (Impacto nas métricas): Ações que melhoram KPIs de T&D, como taxa de conclusão de cursos. Exemplo: reduzir a duração de um curso para melhorar a taxa de finalização.
- Customer Requests (Pedidos dos participantes): Melhorias solicitadas com frequência. Exemplo: incluir um módulo de inteligência emocional no programa de liderança.
- Delight (Encantamento): Ajustes que não são essenciais, mas tornam a experiência mais interessante. Exemplo: trazer um convidado especial para falar sobre liderança inspiradora.
Conclusão
Aprender sobre essas técnicas me ajudou demais a tomar decisões mais rápidas e estratégicas dentro de T&D, garantindo que o tempo e os recursos fossem direcionados para iniciativas de maior impacto.
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